59% dos acidentes de trânsito tem relação com as dificuldades de visão

59% dos acidentes de trânsito tem relação com as dificuldades de visão

59% dos acidentes de trânsito  tem relação com as dificuldades de visão

Cuidado: 59% dos acidentes de trânsito
tem relação com as dificuldades de visão

Quem tem carteira de motorista sabe que, o exame de visão faz parte do processo para receber a habilitação, isso explica o quanto estar enxergando bem é importante.

De acordo com pesquisas do Vision Impact Institute, uma organização não governamental que reúne dados relacionados com questões da visão, 59% dos acidentes de trânsito, em todo o mundo, tem relação com a visão.

Outro ponto importante é que, 23% dos condutores, também considerando todo o mundo, apresentam problemas de visão que precisam ser corrigidos.

Em 2022, no Brasil, de acordo com a Confederação Nacional de Transporte, foram registrados 64.447 acidentes nas rodovias federais, e 52.948 tiveram vítimas.

O custo estimado destes acidentes é de aproximadamente R$ 13 bilhões.

O mais preocupante é saber que, muitos desses acidentes poderiam ter sido evitados se os motoristas cuidassem melhor da sua saúde ocular, fazendo visitas regulares ao oftalmologista.

Visão dos Profissionais
É importante lembrar que, muitos condutores vão além do ter que se deslocar no dia a dia, eles dirigem profissionalmente, por isso devem estar ainda mais atentos a sua saúde em geral, inclusive a dos olhos.

Aqui temos que pensar em motoristas de ônibus, sejam os que circulam dentro das cidades ou cruzam rodovias, caminhoneiros e, atualmente, motoristas de aplicativos, que passam horas no volante.

É comum esses profissionais precisarem cumprir horários, muitas vezes bastante apertados, e para isso ficam segue a jornadas sem qualquer intervalo, causando um cansaço extra aos olhos, já que precisam ficar muito atentos.

Além dos longos períodos dirigindo, os motoristas profissionais precisam ter olhos saudáveis para as diferentes variações de luminosidade, já que muitos estão nas estradas tanto durante o dia, quanto a noite.

Para dirigir com segurança, o que se exige é que o motorista das categorias A e B tenham uma acuidade visual de 50% e um campo visual de 120 graus.

Pessoas que apresentam graus, mesmo que baixos, de miopia, hipermetropia e astigmatismo, que não foram devidamente corrigidos, terão dificuldade para atingir as metas ideias no exame de vista.

Na maioria dos casos, o uso adequado dos óculos, ou lentes de contato, é capaz de resolver os problemas refrativos.

Outra opção é fazer a cirurgia, que é bastante segura e eficiente, eliminando a necessidade dos óculos.

Prevenção
O ideal é que, todos os motoristas, que não sintam qualquer sintoma ou incômodo na visão, façam exames preventivos de rotina, anualmente.

Essa ação irá ajudar a identificar possíveis problemas ainda na fase inicial, o que facilita em relação às opções de tratamento, pois quanto antes acontece o diagnóstico, mais fácil buscar a cura ou ter o controle do quadro.

Quem tem doenças como diabetes e hipertenção, que podem levar a problemas oculares, precisa de atenção extra com a saúde dos olhos.

Mas caso sinta algum desconforto nos olhos, a busca por auxílio profissional deve ser o mais rápido possível.

Alguns sintomas que precisam de atenção são:

  • visão embaçada, com dificuldade para ler, a tempo, algumas placas do trajeto;
  • tremor nos olhos;
  • apertar os olhos para ler;
  • dificuldades de se adaptar à luz, com sensibilidade a claridade;
  • dor de cabeça frequente;
  • olhos vermelhos e/ou lacrimejando.

Além dos chamados problemas refrativos, também podem surgir: catarata, glaucoma, conjuntivite, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade.

Todos eles podem ser diagnosticados em uma simples consulta com um profissional, onde é comum fazer os seguintes exames:

  • acuidade visual – o mais comum de todos, onde são mostradas letras de diferentes tamanhos, em uma determinada distância. Através dele é possível checar se a pessoa identifica o contorno dos objetos e sua nitidez.
  • fundo de olho - avalia os nervos, artérias e veias da retina, podendo diagnosticar glaucoma e diabetes.
  • campo visual - detecta glaucoma e avalia a área espacial alcançada e percebida pela visão do motorista.
  • motilidade ocular - avalia a movimentação e musculatura dos olhos, indicando casos de estrabismo.
  • visão cromática – aposta a capacidade dos olhos identificarem e diferenciarem cores, apontando casos de daltonismo.
  • adaptometria – verifica as condições da retina, fundamental para quem dirige no período noturno.


Outro cuidado com a saúde ocular dos motoristas, especialmente os que dirigem a trabalho, envolve o tempo de descanso, que precisa ser respeitado.

Preserve as noites de sono, e os intervalos durante a jornada, pois isso, além de preservar os olhos, melhora a saúde como um todo.

O ideal é que, a cada três horas, no máximo, se faça uma parada para descansar os olhos, o que significa não usá-los também em telas, como celular.

Muitas pessoas falam sobre o uso dos óculos de lentes coloridas, como as amarelas, que quando anoitece ajudam a reduzir a sensação de ofuscar dos faróis de veículos que estão na direção contrária.

Também como exemplo tem as lentes azuis e rosas, que ajudam a descansar os olhos e a laranja que melhora a visão de contrastes. Mas em todos os casos, o ideal é a indicação de um profissional.

Já o uso de colírios, mesmo os lubrificantes, ou qualquer outra medicação, precisa de indicação do oftalmologista, pois o uso inadequado pode colocar sua visão em risco.