Blefarite: o que é, quais os sintomas e como tratar

Blefarite: o que é, quais os sintomas e como tratar

Blefarite: o que é, quais os sintomas e como tratar

Com a umidade relativa do ar em São Paulo tão baixa estes dias, as queixas de olho seco são muito frequentes, e em quem apresenta blefarite os sintomas costumam ser mais intensos.

A Blefarite é a alteração ocular mais comum no mundo, geralmente relacionada com a colonização exagerada das pálpebras por bactérias da flora normal da pele. Esta colonização é exacerbada na presença de aumento de oleosidade dessa região devido disfunções das glândulas de meibômio – que produzem a parte oleosa da lágrima.

Pode apresentar-se de diversas maneiras, como olho seco, conjuntivite, hordéolos e calázios, e em casos avançados triquíase e até úlcera de córnea. Está intimamente ligada a alterações sistêmicas como rosácea, dermatite seborreica e síndrome de Sjögren.

Geralmente os pacientes apresentam queixas não específicas como irritação, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, coceira, pálpebras ou olhos vermelhos, alterações dos cílios, fotofobia e até dor e diminuição da visão. É uma doença crônica que alterna fases de piora com períodos assintomáticos. Nos casos avançados é comum ver alterações palpebrais devido as pequenas cicatrizem que se formam ao longo dos anos, podendo mudar a posição dos cílios e causando desconforto.

A base do tratamento é um comprometimento de longo prazo com a higiene palpebral. Compressas mornas seguidas de limpeza com uma mistura de água e shampoo neutro uso de pomadas antibióticas são usualmente usados. Algumas vezes há a necessidade de medicação oral por um certo período. Além disso o uso de lágrimas artificiais para mais conforto até a melhora do quadro, e também o tratamento das alterações sistêmicas relacionadas devem ser consideradas. Quem usa lente de contato deve ter mais atenção aos cuidados de higiene e armazenamento das lentes, uma vez que a uma chance maior de contaminação.

Apesar de trabalhoso o tratamento para a blefarite é simples. Disciplina do paciente é essencial para a melhora da qualidade vida. Por ser uma doença crônica é muito importante o acompanhamento periódico com um oftalmologista.