Retinoblastoma é um tumor intraocular raro, que atinge mais crianças do que adultos

Retinoblastoma é um tumor intraocular raro, que atinge mais crianças do que adultos

Retinoblastoma é um tumor intraocular raro,  que atinge mais crianças do que adultos

O retinoblastoma é um câncer ocular pouco conhecido, pois os casos são raros e atingem especialmente crianças de até cinco anos, podendo ser unilateral (atinge apenas um dos olhos) ou bilateral (atinge os dois olhos).

Entre os cânceres infantis, ele aparece em 3% dos casos. A média de diagnóstico é de 400 crianças, anualmente, no Brasil. Os dados são da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.

O popular Teste do Olhinho, que é feito nos recém-nascidos ainda na maternidade, é uma das formas de detectar a doença, mas nem sempre ela aparece nesse início da vida.

Outra maneira de diagnosticar o retinoblastoma é através de consultas de rotina com um oftalmologista, já na fase inicial da vida. Em alguns casos, o pediatra pode identificar alguns sinais, durante as consultas e encaminhar para um especialista.

Assim como em outros casos de câncer, que atingem adultos e crianças, quanto antes o retinoblastoma é identificado, mais facilmente ele pode ser tratado e curado.

Por isso é tão importante que as crianças passem por consultas e exames de rotina, mesmo sem apresentarem qualquer sintoma, especialmente as menores, que não conseguem identificar que algo pode estar errado.

 

Retinoblastoma

O retinoblastoma ganhou as manchetes nas últimas semanas, após os apresentadores #TiagoLeifert e Daiana Garbin relatarem o quadro de saúde da filha Lua, que está tratando a doença.

Herança genética é a principal causa do retinoblastoma, onde herda-se uma mutação no gene Rb1, sendo que crianças que tiveram #retinoblastoma apresentam 50% a mais de chance de terem filhos com o problema. Mas também há casos que ele surge espontaneamente.

O retinoblastoma se desenvolve na retina, podendo resultar na chamada leucocoria, que é o reflexo branco no olho.

Alguns sinais e sintomas podem indicar o problema, nesses casos procure o auxílio de um oftalmologista, que poderá fazer os exames completos. Além disso, é importante fazer consultas de rotina, sem que exista qualquer desconfiança de que algo não está bem. O indicado pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica é que, além do Teste do Olhinho, feito até 72 horas de vida do bebê, ele seja repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida.

Além disso, bebês de seis a doze meses devem passar por exame oftalmológico completo, e repeti-lo entre os três e cinco anos.

Procure auxílio médico especializado, o mais rápido possível, caso note alguns dos sinais e sintomas abaixo:

  • fotofobia (sensibilidade a luz);
  • estrabismo (olho torto);
  • dor no olho ou redução da visão em um ou nos dois olhos;
  • vermelhidão ou sangramento em alguma parte do olho
  • proptose (globo ocular maior que o normal e deslocado para fora do olho);
  • heterocromia (um olho de cada cor);
  • ambliopia (olho preguiçoso);
  • dor de cabeça e vômito; e
  • leucocoria (reflexo branco na pupila visto em fotos feitas com flash).

 

Tratamento e Cura

Com o correto tratamento e acompanhamento, o retinoblastoma pode ser curado em 90% dos casos, um número bastante animador.

O tipo de tratamento será definido pelos profissionais, diante da avaliação de cada caso, sendo que o principal objetivo é eliminar o tumor para salvar a vida da criança e, junto a isso, busca-se preservar a visão e prevenir que a doença volte.

Algumas opções de tratamento, que podem ser indicados de forma combinada, ou não, são:

  • Quimioterapia - reduz o tamanho do tumor e controla a multiplicação das células cancerígenas;
  • Radioterapia – através da radiação busca-se reduzir o tamanho do tumor;
  • Laserterapia - para os tumores menores e em estágio inicial, que estejam concentrados apenas na retina;
  • Crioterapia – a técnica atua congelando e destruindo o tumor;
  • TTT - Termoterapia Transpupilar – através da radiação infravermelha o tumor é queimado e eliminado; e
  • Cirurgia – quando o organismo não responde a outros tipos de tratamento, ela pode ser indicada para a remoção do tumor e do globo ocular.